sexta-feira, 28 de agosto de 2009

MAR PORTUGUÊS

Ó Mar salgado, quanto do teu sal
são lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram!
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
para que tu fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
mas nele é que espelhou o céu!
(Fernando Pessoa, in Mensagem)

1- Segundo o poeta o sofrimento do povo ocorreu:
a- apesar das conquistas portuguesas
b- em virtude das conquistas portuguesas
c- para as conquistas portuguesas
d- antes das conquistas portuguesas
e- após as conquistas portuguesas


2-Quantos filhos em vão rezaram! Com este verso, entendemos que:
a- o sofrimento do povo foi inútil.
b- o povo português da época era muito religioso.
c- muita gente perdeu entes queridos por causa das conquistas do país.
d- a força da fé contribuiu efetivamente para as conquistas do país.
e- a religiosidade do povo português era inútil.

3- Segundo o texto, para se ir sempre adiante é necessário:
a- crer no destino.
b- Aceitar a dor
c- Viver com alegria
d- Vencer o sofrimento
e- Objetivar sempre o progresso

4- A palavra nele (l.12) tem como referente no texto:
a- mar d- abismo
b- Deus e- céu
c- perigo


1 a
2 c
3 d
4 a

O AMOR COMO MEIO, NÃO COMO FIM

Leia, silenciosa e atentamente, o texto abaixo.

Há algo de errado na forma como temos vivido nossas relações amorosas. Isso é fácil de ser constatado, pois temos sofrido muito por amor. Se o que anda bem tem que nos fazer felizes, o sofrimento só pode significar que estamos numa rota equivocada.
Vamos nos deter em apenas uma das ideias que governam nossa visão do amor. Imaginamos sempre que um bom vínculo afetivo significa o fim de todos os nossos problemas. Nosso ideal romântico é assim: duas pessoas se encontram uma com a outra, compõem um forte elo, de grande dependência, sentem-se preenchidas e completas e sonham em largar tudo o que fazem para se refugiar em algum oásis e viver inteiramente uma para a outra, usufruindo o aconchego de ter achado sua “metade da laranja”. Nada parece lhes faltar. Tudo o que antes valorizavam - dinheiro, aparência física, trabalho, posição social, etc. - parece não ter mais a menor importância. Tudo o que não diz respeito ao amor se transforma em banalidade, algo supérfluo que agora pode ser descartado sem o menor problema. Sabemos que quem quis levar essas fantasias para a vida prática se deu mal. Com o passar do tempo, percebe-se que uma vida reclusa, sem novos estímulos, somente voltada para a relação amorosa, muito depressa se torna tediosa e desinteressante. Podemos sonhar com o paraíso perdido ou com a volta ao útero, mas não podemos fugir ao fato de que estamos habituados a viver com certos riscos, certos desafios. Sabemos que eles nos deixam alerta e intrigados; que nos fazem muito bem.
Os doentes acham que a saúde é tudo. Os pobres imaginam que o dinheiro lhes traria toda a felicidade sonhada. Os carentes - isto é, todos nós - acham que o amor é a mágica que dá significado à vida. O que nos falta aparece sempre idealizado, como o elixir da longa vida e da eterna felicidade.
Se é verdade, então, que o amor nos enche de alegria, vitalidade e coragem - e isso ninguém contesta - por que não direcionar essa nova energia para ativar ainda mais os projetos nos quais estamos empenhados? Quando amamos e nos sentimos amados por alguém que admiramos e valorizamos, nossa autoestima cresce, nos sentimos dignos e fortes. Tornamo-nos ousados e capazes de tentar coisas novas, tanto em relação ao mundo exterior como na compreensão da nossa subjetividade. Em vez de ser um fim em si mesmo, o amor deveria funcionar como um meio para o aprimoramento individual, nos curando das frustrações do passado e nos impulsionando para o futuro. Casais que conseguem vivê-lo dessa maneira crescem e evoluem, e sob essa condição seu amor se renova e se revitaliza.
Gikovate, Flávio - O amor como um meio, não como fim - Revista Cláudia, agosto de 1989.

Responda às questões abaixo:

VOCABULÁRIO E INTERPRETAÇÃO DO TEXTO


1. O texto lido é, basicamente:

( ) narrativo ( ) descritivo ( ) dissertativo
Justificativa: ____________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

2. Identifique o assunto e o objetivo do texto.
Assunto:_______________________________________________________________________
Objetivo:_______________________________________________________________________

3. Explique as expressões destacadas abaixo.

a) “... o sofrimento só pode significar que estamos numa rota equivocada.” (§1)
_______________________________________________________________________________

b) “... ter achado sua ‘metade da laranja’”. (§2)
_______________________________________________________________________________

c) “... uma vida reclusa...” (§3)
_______________________________________________________________________________

d) “... podemos sonhar (...) com a volta ao útero...” (§3)
_______________________________________________________________________________

e) “... na compreensão de nossa subjetividade.” (§5)
_______________________________________________________________________________

4. Marque V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmações abaixo, de acordo com o texto.
a ( ) Todas as pessoas que amam sofrem.
b ( ) O sofrimento é uma característica do amor.
c ( ) As pessoas que se dedicam inteiramente à pessoa amada são mais felizes.
d ( ) O amor deveria fazer com que as pessoas se tornassem mais felizes.
e ( ) Ninguém é capaz de amar verdadeiramente uma pessoa.

5. “Os doentes acham que a saúde é tudo.” Por quê?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6.Por que o autor afirma que todos nós somos carentes?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7. Indique a que se referem os termos abaixo destacados.
a) “... quem quis levar essas fantasias para a vida prática se deu mal.” (§3) Que fantasias?
______________________________________________________________________________
“e isso ninguém contesta” (§5) Isso o quê?
_______________________________________________________________________________

b) “Casais que conseguem vivê-lo dessa maneira...” (§5) Viver o quê? _________________________________________________________________
De que maneira? __________________________________________________________________

8. Explique o título do texto.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
A FÁBULA DO LOBO TRAFICANTE

A sociedade dos cordeiros condenou aquele lobo a 20 anos de prisão. Era terrível o seu crime: tráfico de entorpecentes. Por sua causa, milhares de cordeirinhos destruíram suas vidas. O lobo era o inimigo público n.º 1.
Vinte anos depois, apesar desse e de outros lobos-traficantes terem sido presos, a sociedade dos cordeiros estava mergulhada no vício. Era um problema de segurança nacional. Talvez por isso, um repórter resolveu entrevistar aquele lobo, à saída da penitenciária. Estaria ele arrependido? Teria consciência do que provocara? Sentia-se injustiçado?
Afinal, a sociedade dos cordeiros cumprira, rigorosamente, a Lei. Só que alguma coisa estava errada. Lobos-traficantes eram presos todos os dias, enquanto aumentava o consumo de tóxico. Qual a opinião de um lobo que pagou 20 anos por um dos piores crimes contra a humanidade?
- Você quer mesmo saber? – foi logo falando o lobo. – O problema não se restringe a mim, nem aos que me seguiram nessa profissão. Eu cometi parte do crime, reconheço, comercializando um produto proibido . . .
- E quem cometeu a outra parte? – indagou o repórter, ele próprio irritado com a desfaçatez do lobo.
- Ora, a sociedade dos cordeiros! – afirmou o lobo. – Acaso fui eu que provoquei a corrida ao tóxico? Como seria possível eu me tornar um traficante, se não houvesse procura do meu produto?
“ Isso faz sentido”, pensou o repórter. E arriscou uma outra pergunta: - Como a sociedade dos cordeiros poderia ter evitado tudo isso?
- Ora, pergunte a ela, respondeu o lobo. – Mas dificilmente a sociedade dos cordeiros concordará que tem parte dessa culpa. Para isso, seria necessário que cada cordeiro, em particular, meditasse sobre sua própria vida e o que considera melhor para o seu rebanho. Mas você sabe que meditar, refletir, ponderar e se auto-analisar é muito difícil, quando há tantos lobos à disposição para assumir todas as culpas.
Quando a entrevista com o lobo-traficante foi publicada, a sociedade dos cordeiros reagiu: os lobos são criminosos irrecuperáveis, cínicos, arrogantes e diversionistas.
Para eles, só mesmo a Pena de Morte.
Fernando Portela

Estudo do vocabulário
1) Relacione as palavras do texto a seus significados:
A – tráfico ( ) entranhada, repleta
B – entorpecentes ( ) mau hábito
C – mergulhada ( ) que sofreu ofensa, injustiça
D – vício ( ) comércio ilícito
E – injustiçado ( ) alucinógenos, estimulantes, depressivos

2) Dê o significado destes substantivos na fábula:
corrida _________________________________
sentido _________________________________
procura _________________________________
pena ___________________________________

3) Dê o significado das expressões:
a) sociedade dos cordeiros __________________________________________________________________________
b) isso faz sentido ________________________________________________________________________________
c) consumo do tóxico ______________________________________________________________________________
d) inimigo público n.º 1 ____________________________________________________________________________

4) Complete as frases com palavras do texto. Seus sinônimos estão indicados entre parênteses:
a) Eram lobos ______________________________________________ . (comerciantes desonestos)
b) O problema não se _____________________________ unicamente a mim. (reduz)
c) Eu ___________________________________ essa mercadoria. (negociei)
d) Todos estávamos irritados com ________________________________________ do lobo. (o pouco caso)
e) Cada um, _______________________________ , deve analisar-se . (pessoalmente)
f) Todos _______________________________ suas culpas. (tomaram sobre si)

5) No texto, aparecem quatro verbos com o significado semelhante. Indique-os.
_______________________________________________________________________________________________

6) Dos substantivos indicados ao final de cada frase, forme verbos. Complete as frases empregando os verbos no presente do indicativo:
a) Todos se ________________________________________ de suas responsabilidades. (consciência)
b) Eles _____________________________ os próprios companheiros. (destruição)
c) Tu ______________________________ teu próprio irmão? (condenação)
d) Vós _____________________________ em busca de “bolinhas”? (corrida)


7) Retire do texto cinco palavras empregadas no sentido conotativo:
TEXTO 1: HORÓSCOPO

- Telefonaram do escritório, bem. Seu chefe mandou perguntar por que você não foi trabalhar.
- E você deu o motivo?
- Não.
- Podia ter dado.
- Ora, Alfredinho, isso é motivo que se dê?
- Por que não? Se há motivo, está justificado. Sem motivo é que não cola.
- Então eu ia dizer ao seu chefe que você não trabalha hoje porque o seu horóscopo aconselha: “Fique em casa descansando”?
- E daí, amor? Se meu signo é Touro, e se Touro acha conveniente que eu não faça nada, como é que eu vou desobedecer a ele?
- É, mas com certeza seu chefe não é Touro, e não vai achar graça nisso.
- Ele é Áries, está ouvindo? E o dia não está para relações entre Áries e Touro. Pega aí o jornal. Faz favor de ler com esses belos olhos cor de pervinca: “Áries - Evite rigorosamente discussões com subordinados”.
- Mas se ele evitar, não tem perigo para você.
- Ele pode evitar, sim, deve evitar. E para colaborar com ele, eu fico em casa.
- Mas se você não comparece, ele pode vir ao telefone e pegar numa discussão danada com você, dessas de sair fogo.
- Não atendo telefone durante o dia. Não posso atender. Não vê que estou descansando, que o horóscopo me mandou descansar? É favor não fazer rebuliço nesta casa. Amor e paz, para o descanso do guerreiro.
- Pra mim você está é com preguiça, e das bravas.
- Posso estar com preguiça, e daí? Preguiça é relaxante, restaura as energias, predispõe para o trabalho no dia seguinte. Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Se eu não faço nada hoje, não é porque estou com preguiça. É em atenção a um mandamento superior, à mensagem que vem dos astros, você não percebe?
- Percebo, sim, mas não concordo.
- Pode se saber por que a excelentíssima não concorda com aquilo que percebe e que está devidamente explicado?
- Pode.
- Então explica, vamos.
- Gozado, Alfredinho, até parece que para você só existem dois signos no zodíaco: Touro e Áries, você e o patrão.
- Espera lá, você queria que eu não prestasse atenção em Touro? Áries eu li hoje por acaso, porque está ao lado de Touro, em coluna paralela.
- Coincidência: você saber que seu chefe é Áries, e...
- É sim.
- E por que você guardou na cabeça que ele é Áries?
- Ora por quê! Ele fez anos no mês passado, amorzinho. Até contei a você que oferecemos a ele uma batedeira. Soubemos que a mulher dele precisava de batedeira, fizemos uma vaquinha e pronto. Mas por que você diz que para mim só existem dois signos?
- Pelo menos Sagitário você ignora.
- Como que eu ia ignorar Sagitário, se é o signo de você, minha orquídea de novembro 25?
- É, mas esqueceu de ler que o dia é propício para reuniões sociais de Sagitário, e saiba que esta sua orquídea de novembro 25 vai reunir hoje as amigas aqui em casa. Trate de se mandar,querido.
- Sem essa! Touro me manda descansar em casa, e você me enche a casa com mulheres? É, Sagitário não ia fazer isso comigo! Eu já tinha harmonizado Touro com Áries!
- Pode continuar harmonizando, se for descansar em casa do Tostes, que é Virgem, eu sei, ele é nosso padrinho de casamento. O horóscopo do Tostes recomenda prestar serviço a um amigo. Assim, Touro, Virgem, Áries e Sagitário ficam inteiramente harmonizados, cada um na sua, um por todos, todos por um. Ande, vá se vestir rapidinho, rapidinho, e rua, seu vagabundo!
Fonte: Livro Para Gostar de Ler, Crônicas, ed. Didática,Carlos Drummond de Andrade, SP, Ática, 1978

TEXTO 2 : GATO POR LEBRE
Versões baratas pegam carona nos desenhos Disney

Um mês depois de chegar aos cinemas brasileiros, a chinesinha Mulan, da Disney, já ganhou clones. A distribuidora Flashstar lança nesta semana um desenho com o nome da personagem. Outra fita, O Segredo de Mulan, do selo Cosmos, está à venda em supermercados e lojas de departamentos. Nos dois casos, são produções baratas que não chegam aos pés do longa-metragem que as inspirou. São frutos de uma esperteza comum nos últimos anos: pegar carona nos sucessos da Disney. Também se encontram nas prateleiras das locadoras imitações de O Rei Leão, Pocahontas, Aladdin, A Bela e a Fera e O Corcunda de Notre Dame, entre outros títulos.
Uma cópia dessas está para um desenho Disney assim como uma abóbora está para a carruagem da Cinderela. Os desenhos clones são feitos, em geral, com um centésimo do orçamento das produções originais. O resultado é que as imagens são grosseiras, os enredos são toscos e a duração do filme mal alcança uma hora. Não é raro, ainda, que a história original ganhe adaptações de fazer corar um aprendiz de roteirista. Em O Segredo de Mulan, por exemplo, a protagonista é uma lagarta. Para quem não quer comprar gato por lebre, resta esperar o lançamento em vídeo do Mulan de verdade, previsto para o ano que vem.
Texto retirado da revista Veja, 5/8/98.
1. De acordo com os tipos de texto estudados em sala, responda:

a) Qual dos dois textos é narrativo? Justifique sua resposta, indicando os elementos da narrativa presentes no texto.






b) Como você classificaria o texto 2? Justifique sua resposta.




2. Indique os argumentos apresentados no Texto 2.





3. Explique esse argumento comparativo utilizado pelo autor: “Uma cópia dessas está para um desenho Disney assim como uma abóbora está para a carruagem da Cinderela”.




4. Em qual dos dois textos a linguagem se apresenta mais próxima do falar cotidiano, da linguagem informal? Justifique sua resposta.




5. Leia a passagem que segue e responda às questões:

“Nos dois casos, são produções baratas que não chegam aos pés do longa-metragem que as inspirou”.

a) Que palavra a palavra “as” substitui no texto?


b) Como se classifica, morfologicamente, a palavra “as”?


6. Leia a passagem que segue e responda às questões:

— Telefonaram do escritório, bem. Seu chefe mandou perguntar por que você não foi trabalhar.
— E você deu o motivo?
— Não.
— Podia ter dado.
— Ora, Alfredinho, isso é motivo que se dê?
— Por que não? Se há motivo, está justificado. Sem motivo é que não cola.
— Então eu ia dizer ao seu chefe que você não trabalha hoje porque seu horóscopo aconselha: “Fique em casa descansando”.

a) A que palavra ou fato a palavra isso se refere?


b) Como se classifica a palavra isso?



7. Sublinhe e classifique todos os pronomes das passagens que seguem:

a) “ – E daí, amor? Se meu signo é Touro, e se Touro acha conveniente que eu não faça nada, como é que eu vou desobedecer a ele?”



b) “ – É, mas esqueceu de ler que o dia é propício para reuniões sociais de Sagitário, e saiba que esta sua orquídea de novembro vai reunir hoje as amigas aqui em casa.”



8. Complete com pronomes pessoais de tratamento adequados.

a) O ministro disse para o Presidente da República:
- ____________________________ dialogará com a oposição?

b) Preocupado, o cardeal perguntou ao papa.
- _________________________________ sente-se mal?

c) No jantar, o Presidente perguntou à rainha.
- Quando __________________________ visitará o Brasil?

9.Como você classifica a palavra seu nas frases que seguem?

a) Seu chefe é competente.



b) Seu Renato, posso sair mais cedo hoje?
O C E A N O
(DJAVAN)
Assim
Que o dia amanheceu,
Lá no mar alto da paixão,
Dava pra ver o tempo ruir,
Cadê você? Que solidão!
Esquecera de mim.
Enfim...
De tudo que há na terra,
Não há nada em lugar nenhum
que vá crescer sem você chegar.
Longe de ti, tudo parou.
Ninguém sabe o que eu sofri.
Amar é um deserto
E seus temores,
Vida que vai na sela
Dessas dores
Não sabe voltar.
Me dá teu calor...
Vem me fazer feliz,
Porque te amo.
Você desagua em mim
E eu oceano...
E esqueço que amar
é quase uma dor...
Só sei viver,
Se for
Por você

Após ler o texto “OCEANO”, responda às questões:

1- Copie do texto 2 versos que justificam o título:
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2 - Em que momento o poeta começou a sofrer a falta da mulher amada?

________________________________________________________________________________

3: O poeta pergunta: “Cadê você?” Que sentimento o faz sofrer?
( ) preocupação ( ) alegria ( ) ansiedade ( ) solidão

4- Qual é o grande medo que ele sente?
_______________________________________________________________________________

5- Explique o que o poeta sente pela mulher amada quando ele afirma:
“Não há nada em lugar nenhum
Que vá crescer sem você chegar.”
________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

6- “Que o dia amanheceu”
O verbo do verso acima está em que tempo?
( ) pretérito-mais-que-perfeito
( ) pretérito imperfeito
( ) pretérito perfeito
( ) futuro do pretérito

7- Assinale o verso em que se emprega o pretérito-mais-que-perfeito:
( ) E esqueço que amar...
( ) Esquecera de mim...
( ) Só sei viver...
( ) Dava pra ver o tempo ruir...

8- “que vá crescer sem você chegar”
Como deve ser conjugado o verbo crescer na 3ª pessoa do plural no futuro do presente do indicativo?

( ) cresceremos
( ) cresceram
( ) crescerão
( ) cresceriam

9- Assinale a opção que traz a classificação correta do verbo:

( ) Tudo parou ( 3ª pessoa do singular do presente do indicativo)
( ) Esqueceria você ... (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)
( ) Me dá teu calor . ( 1ª pessoa do plural do presente do indicativo)
( ) Não sabes voltar (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)

10- Todos os verbos abaixo estão no tempo futuro do pretérito ,EXCETO:

( ) Eu amaria.
( ) Nós venderíamos
( ) Eles partiriam.
( ) Nós assistiremos.



Sem gabarito, ok?

sábado, 15 de agosto de 2009

OFICINA DE REDAÇÃO

1- Adequação

A redação deve obedecer à norma culta escrita, evitando-se repetições inexpressivas, gírias, vocabulário impreciso, etc.

Exemplo de impropriedade a ser evitada:
Tem um negócio que a gente sente que é uma coisa tipo quando você sente dor no peito.

Há um sentimento muito doloroso, que nos atinge às vezes no peito.

Exercício -1-
Reescreva as frases seguintes, adequando-as à norma escrita:
a) O homem tem um troço que é que o separa dos animais, a liberdade.

O homem tem algo que o diferencia dos outros animais: a liberdade. Ou A liberdade é o que diferencia o homem dos outros animais.

b) Com tantos problemas que tem, a televisão fica aí, como uma vaca no meio da sala.

Com tantos problemas que temos, ainda ficamos idolatrando a televisão, como uma vaca sagrada no meio da sala. Ou Com tantos problemas que temos, ainda ficamos idolatrando a televisão como uma vaca sagrada.

2- Clareza

O texto precisa ser inteligível; para isso, devem-se evitar ambigüidades e obscuridades.
Exemplo de ambigüidade a ser evitada:

Sexo? Só com os pais.
Educação sexual? Só com os pais.


Exercício -2-

Reescreva as frases seguintes, resolvendo a ambigüidade:
a) Moradores reivindicam centro de saúde com criatividade.
Com criatividade, moradores reivindicam centro de saúde

b) Museu reúne quadros com mulheres de Picasso
Museu reúne quadros de Picasso que representam mulheres.

c) Família muda vende tudo.
Família em mudança vende tudo.

d) A sociedade não percebe o mal que a televisão faz a si própria.
A sociedade não percebe o mal que lhe é feito pela televisão.

e) Proibido entrar na loja de patins.
f) Proibido entrar de patins na loja.


3- Concisão

As palavras e frases devem ser utilizadas com economia, evitando-se redundâncias. É preciso estar atento também à prolixidade, ao excesso de palavras desnecessárias.
Exemplo de redundância e prolixidade a evitar:

Os dois fizeram o trabalho. Seu amigo tinha convidado para fazerem um trabalho. Os dois fariam o trabalho e dividiriam o dinheiro ganho com o trabalho.

Seu amigo o convidou para fazer um trabalho. Fizeram-no e dividiram o dinheiro ganho.


Exercício -3-

Reescreva as frases seguintes, dando concisão à linguagem:
a) Tenho o sentimento do mundo, quero fazer um mundo só para mim, mas ao mesmo tempo vivo num mundo que é de todo mundo.
Tenho sentimento do mundo: quero viver num mundo que é de todos, mas fazê-lo, ao mesmo tempo, só para mim.

b) Novidade inédita na área de informática agita o mercado.
Novidade na área de informática agita o mercado.

c) Compre uma calça e ganhe grátis um brinde.
Compre uma calça e receba um brinde.


4- Coesão

A organização do texto deve ser feita com nexos lógicos adequados, encadeando-se logicamente as idéias e evitando-se frases e períodos desconexos.

Exemplos de confusão a ser evitada:

Deve existir uma forma de avaliar os candidatos; e isso não é possível apenas fazendo uma prova, onde os candidatos poderiam talvez ter ido melhor no dia seguinte ou no anterior por questões psicológicas, mentais ou o que for.

Deve haver uma forma de avaliar os candidatos, mas isso não é possível com a aplicação de uma única prova, pois seu desempenho pode variar em dias diferentes, graças ás condições psicológicas, por exemplo.

Exercício -4-

Reescreva as frases seguintes, com linguagem organizada e coesa:
a) Sabemos que o ministério gasta demais com tratamento que nós podíamos evitar as doenças.
O ministério gasta demais com tratamento de doenças que poderíamos prevenir ou evitar pela prevenção.

b) Às vezes as idéias aparecem de repente, mas aquelas boas idéias são as planejadas antes de se concluir algum ou podem surgir horas exatas a utilizá-las.
Boas idéias geralmente são as previamente planejadas, mas também há idéias interessantes que surgem de repente, em resposta a uma necessidade específica, na hora exata em que precisamos utilizá-las.

5- Expressividade

Quem redige deve buscar uma elaboração própria e expressiva de linguagem, evitando os clichês, as frases feitas e os lugares comuns.

Exemplo de chavão ou clichê:

O homem de hoje não vive, ele vegeta na selva de pedra da cidade grande.

O homem da cidade grande não vive plenamente; apenas luta pela subsistência, como numa selva.

Frases que devem ser evitadas:

a) Agradar a gregos e troianos
b) Arrebentar a boca do balão
c) Botar pra quebrar
d) Chover no molhado
e) Deitar e rolar
f) Dar com burros n’água

Exercício -5-

Reescreva as frases abaixo, utilizando uma linguagem sem clichês:
a) As crianças são a esperança, o futuro do Brasil.
As crianças representam a esperança, o futuro possível do Brasil.

b) As pessoas viraram máquinas frias e insensíveis, viraram peças de engrenagem, robôs que não sabem que só o amor constrói.
As pessoas têm se mecanizado, vivendo como peças de uma grande engrenagem, cada vez mais insensíveis à força criadora do amor.

c) O dinheiro não traz felicidades, pois dessa vida não se leva nada.
O acúmulo de riquezas não garante a felicidade eterna, pois a morte iguala a todos, ricos e pobres.

d) Não tenho tudo que amo, mas amo tudo que tenho.
Talvez o mais importante na vida seja valorizar aquilo que realmente conquistamos.

O meu guri - Chico Buarque

O meu guri

Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Não era o momento dele rebentar
Já foi nascendo com cara de fome
E eu não tinha nem nome pra lhe dar
Como fui levando, não sei lhe explicar
Fui assim levando ele a me levar
E na sua meninice ele um dia me disse
Que chegava lá
Olha aí, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí que é o meu guri
E ele chega

Chega suado e veloz do batente
E traz sempre um presente pra me encabular
Tanta corrente de ouro, seu moço,
Que haja pescoço pra enfiar
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro
Chave, caderneta, terço e patuá,
Um lenço e uma penca de documentos
Pra finalmente me identificar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega...

Chega no morro com carregamento:
Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador.
Rezo até ele chegar cá no alto
Essa onda de assalto está um horror.
Eu consolo ele, ele me consola
Boto ele no colo pra ele me ninar.
De repente acordo, olho pro lado
E o danado já foi trabalhar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega ...

Chega estampado, manchete, retrato
Com venda nos olhos, legenda e iniciais
Eu não entendo essa gente, seu moço,
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato, acho que tá rindo
Acho que tá lindo de papo pro ar
Desde o começo eu não disse, seu moço?
Ele disse que chegava lá
Olha aí, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri.


(Chico Buarque de Holanda – 1981)


01) O texto conta a história de um menino de rua. Quem está contando essa história? Comprove com uma pequena passagem do texto:

02) Para quem esta história está sendo contada? Comprove com uma passagem do texto:

03) Transcreva os versos que descrevem as condições do nascimento do guri:

04) O menino presenteia sua mãe com uma bolsa, já com tudo dentro. O que isso, na verdade, revela?

05) Na bolsa há, também, uma penca de documentos, por isso sua mãe acredita que finalmente vai poder se identificar. Como você interpreta essa situação?

06) Na terceira estrofe, o ato de rezar evidencia, uma vez mais, a ingenuidade da mãe. Por quê?

07) Como é a relação afetiva entre a mãe e o filho? Cite os versos que falam dessa relação:

08) A oração “Eu consolo ele” não está de acordo com a norma culta. Como ficaria no padrão culto? Por que razão o poeta não seguiu tal padrão?

09) As três primeiras estrofes do texto terminam mostrando a crença da mãe na promessa do menino de “um dia chegar lá”. O que isso significa? Isso realmente acontece? Justifique:

10) Transcreva os versos que sugerem a morte do guri, então assassinado:

11) A mãe fala do retrato do guri, manchete, venda nos olhos, legenda e iniciais. O que sugerem estas imagens?

12) A mãe conta que o menino “chega suado e veloz do batente”. Como você interpreta, nesse enunciado, as expressões destacadas?

13) Que outro título você daria ao texto de Chico Buarque?

14) Circule no texto os vocativos que você encontrar, justificando:

15) Explique o que se pode entender com o segundo verso da primeira estrofe:

16) Copie do texto palavras usadas no sentido coloquial da Língua:

17) Que mensagem o texto lhe transmitiu?

18) Você acha que, em geral, as mães se comportam da mesma forma que a mãe do guri? Justifique sua resposta:

19) Onde moram essa mãe e seu filho? Comprove com uma passagem do texto:

20) A mãe insiste em dizer que o filho venceu na vida, atingiu sucesso. Essa atitude mostra que ela é:

( ) sábia ( ) maliciosa ( ) ingênua

DICAS PARA professores que precisam FAZER UM PLANO DE AULA

Base para qualquer disciplina .


Os OBJETIVOS englobam seis grandes áreas:
• Conhecimento – Conhecer, apontar, criar, identificar, descrever, classificar, definir, reconhecer e relatar no final, pois, se trata de RE.


• Compreensão – Compreender, concluir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir, deduzir, localizar, reafirmar no final por causa do RE.

• Aplicação – Aplicar, desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar, traçar. Não tem RE.

• Análise – Analisar, comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar, investigar, provar. Não tem RE.

• Síntese – Sintetizar, compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular, propor, reunir, voltar. Não tem RE.

• Avaliação – Avaliar, argumentar, contratar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir, selecionar. Não tem RE.

Todo OBJETIVO tem que ter um verbo do CONHECIMENTO e outro da AVALIAÇÃO. Objetivo não se repete verbo, mais ou menos cinco COMPETÊNCIAS – Tem que ter verbos da COMPREENSÃO e da APLICAÇÃO, mais ou menos três.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO OU EIXO TEMÁTICO – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO quando for sobre a apostila/livro na sua totalidade e- EIXO TEMÁTICO quando for somente de uma parte/capítulo.METODOLOGIA – Aula expositiva dialógica -Vice-Versa -, exposição via televisão ou via televisão/DVD de filme, documentário, clipe e etc. Exposição de transparências via retro projetor, elaboração de fichamentos, resumos de textos pré-selecionados, mapeamentos, resolução de exercícios, aplicação de mini aulas, utilização de recursos instrucionais (giz, quadro, apostila, TV, dvd).

AÇÃO DIDÁTICA – Separada por momentos, descreve de maneira breve o que vai ser trabalhado em sala de aula, só pode ter verbos terminados em MENTO e AÇÃO, mais ou menos três.Exemplo:Primeiro MomentoSegundo MomentoTerceiro MomentoHABILIDADES – É o que o aluno deverá desenvolver/adquirir durante as aulas, usando os verbos no substantivo, terminado em MENTO ou AÇÃO.

AVALIAÇÃO – Forma com que o aluno será avaliado pelo professor. Pode usar verbos sem o R, como por exemplo: CANTAR – CANTA, mais ou menos três.BIBLIOGRAFIA - Apostila ou livro onde se teve o embasamento para a aula.(O RE significa tudo que vai reafirmar, por exemplo, se a palavra a ser usada é "Organizar" e se por acaso vc for usar "REorganizar", aí esta palavra começada com RE tem que obrigatoriamente ver fechando o plano ou o itém do plano. Igual o "REafirmar".